terça-feira, 16 de setembro de 2008

A minina que aprendeu a voar



Virou, viu os três e o que ouviu foi, vai... vai... você verá coisas horrorosas, mas verá coisas maravilhosas. Ousou entrar na floresta, se sentia segura, o corpo formigava, o coração disparado seguiu e três passos foram suficientes para não sentir mais o chão de baixo dos pés. Voou, voou, voou com tanta vontade que realmente não podia acreditar que aquilo era real, o vento, as cores, os origamis gigantes dançando, desfilavam como em uma avenida, chorou! Chorou muito! A emoção nunca transbordara com tanta coragem, sentiu Deus e gratidão, amor! Olhava para os outros dois que riam como quem diz: voe, voe, ame, sinta, chore. Um prazer inexplicável, indescritível, único e pleno. Sentiu o corpo todo livre, realmente repleto de emoção e como uma explosão, sentiu de novo o ar nos pulmões, os braços, as pernas.... aos prantos ficou por horas a fio, eram cinco horas, sentia as lágrimas escorrendo e pingando pelo queixo, mal conseguia intercalar o choro com respiração. Escreveu, escreveu e deixou o corpo novamente descansar na cama pesado. Orou, agradeceu e pediu para Deus: Me leve para outra viagem!

Um comentário:

Anônimo disse...

Estou emocionada, Cá.
Orgulhosa e agradecida por você se mostrar assim tão fundo. Onde é que você estava? Ainda bem que veio.
Por favor, continue....