domingo, 5 de outubro de 2008

Pegou o telefone e discou, desligou, discou de novo, desligou, discou de novo, um, dois toques, alô? Alô?? Sua respiração... quase se podia ouvir o coração, e o silêncio preencheu todo o percurso de fio a fio, gancho, orelhas, bocas e corpos. Queria falar mas não sabia o que, queria gritar mas não sabia o que, queria explicar o que não se explica e perguntar o que não se pergunta, porque simplesmente sabia a resposta.
Desligou.
Do outro lado da linha alguém também desligou, como se tivesse ouvido tudo aquilo que não foi dito, simplesmente porque sabia o que se iria dizer, explicar, perguntar.
E nada aconteceu... e tudo aconteceu!
(“Abraço-vos pois, tempestade.
Vós decidis, se este é nosso derradeiro encontro,
ou se sereis a parteira de uma nova vida para mim”).

Nenhum comentário: